UM BRASILEIRÃO MUITO DIFÍCIL
Salve, salve, nação tricolor!
Antes de tudo, quero dizer que é uma honra participar desse novo projeto, o Tricolor Plus! E nada melhor do que começar falando sobre o Campeonato Brasileiro, que tem início neste fim de semana.
Prevejo um dos torneios mais equilibrados dos últimos anos. A diferença entre os times brasileiros — técnica e tática — vem diminuindo a cada temporada. Não é raro vermos equipes do G4 sofrendo contra times do Z4.
No caso do São Paulo, acredito que a dificuldade será ainda maior por três motivos que explico a seguir:
1) Um elenco envelhecido
Recentemente, fiz uma projeção de time titular com os seguintes jogadores:
Rafael; Cédric, Arboleda, Alan Franco e Wendell; Alisson, Luiz Gustavo e Luciano; Lucas, Calleri e Oscar.
Levando em conta a qualidade dos atletas e o esquema tático de Zubeldía, esse seria o time-base. O problema? Apenas um jogador tem menos de 30 anos, e a média de idade dessa escalação é de 32 anos.
Para um torneio de 38 rodadas, além das disputas da Libertadores e Copa do Brasil, a preocupação com desgaste físico é enorme. E com um banco de reservas muito inferior tecnicamente aos titulares, a rotação do elenco será um desafio.
2) O trabalho limitado de Zubeldía
Zubeldía tem um trabalho ruim porque, simplesmente, é um técnico limitado. Sua carreira mostra isso.
Ele é refém dos líderes do elenco e tem poucas variações táticas. Quando acerta — como foi no 3-5-2 contra o São Bernardo — logo depois retrocede para agradar os medalhões. O exemplo mais recente? Usar Oscar como volante, um desperdício do melhor armador do time.
Falta criatividade e flexibilidade no seu modelo de jogo.
3) Um elenco curto e sem testes da base
O São Paulo fez uma grande reformulação no elenco. Saíram jogadores como:
- Rodrigo Nestor (38 jogos em 2024)
- Wellington Rato (41 jogos)
- Michel Araújo (38 jogos)
- Rafinha (22 jogos)
- Liziero (11 jogos)
- Galoppo (28 jogos)
- Erick (37 jogos)
- Welington (48 jogos)
Os números entre parênteses representam a quantidade de partidas que cada um disputou em 2024. O ponto aqui não é discutir a qualidade individual, mas sim a quantidade de peças que o time perdeu. E quem chegou? Oscar, Enzo Díaz, Wendell e Cédric.
Ou seja, saíram vários e chegaram poucos.
Para piorar, Zubeldía não rodou o elenco no Campeonato Paulista e não deu chances reais à base. Agora, no Brasileirão, será que ele confiará nos garotos quando precisar?
Conclusão
O São Paulo enfrentará um Brasileirão extremamente difícil. Com um elenco curto, envelhecido e um treinador previsível, disputar três competições será um enorme desafio.
Entre abril e dezembro, serão 38 rodadas do Brasileirão, além das fases decisivas da Copa do Brasil e Libertadores, intercaladas com pausas para Data FIFA e o Mundial de Clubes — torneio do qual, infelizmente, o Tricolor não participará.
Minha expectativa, considerando o cenário atual, é baixa. Não vejo o São Paulo brigando por título, mas sim por uma campanha de meio de tabela. Se tivermos problemas com lesões e desgaste, podemos até passar sufoco.
A esperança é que o time me surpreenda. Mas, com essa diretoria, esse elenco e esse treinador, prefiro me preparar para o pior e, quem sabe, ser surpreendido pelo melhor.
Fiquem bem,
Guine.
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