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O Grande Legado da Má Gestão

 

Salve, salve, nação tricolor!

Hoje quero falar da incompetência da atual gestão do São Paulo, mas me limitarei às falhas de planejamento no campo — na escolha de jogadores e técnicos — que, por óbvio, acabam repercutindo diretamente nas contas do clube.

O São Paulo, em 2023, passou por uma grande mudança de planejamento. Até 2022, sob o comando de Ceni, o clube tinha como objetivo diminuir os custos, utilizar jogadores da base, e as contratações — assim como hoje — eram pontuais e baratas. Mas havia um teto salarial, e por isso o elenco não contava com “estrelas”.

Com a saída de Ceni, esse planejamento mudou. Para a temporada de 2023 chegaram James Rodríguez e Lucas Moura — jogadores caros, que estouraram o teto salarial do clube. Com a conquista da Copa do Brasil, alguns jogadores do elenco foram “valorizados” com aumentos salariais, e o teto foi, definitivamente, para o espaço.

Em 2024, além deles, o São Paulo contratou mais nomes: Ferreirinha, Erick, Bobadilla, Luiz Gustavo, André Silva, Sabino, Marcos Antônio, Ruan Tressoldi, Jamal Lewis e Santiago Longo. Somando a Lucas e James, foram 12 contratações. Já para 2025 chegaram ainda: Oscar, Enzo Díaz, Wendell, Cédric Soares e Juan Dinemo.

Ou seja: desde a saída de Ceni, em julho de 2023, até julho de 2025 — dois anos — o clube contratou 17 jogadores . Boa parte já foi embora, poucos se destacaram, e, embora alguns tenham tido bons momentos, o time que parecia querer voltar ao protagonismo nacional no fim de 2023 fracassou exatamente quando mais investiu.

Apesar do novo panorama de contratações, a gestão falhou na escolha dos técnicos. Após a saída de Dorival Júnior — campeão da Copa do Brasil — para a Seleção Brasileira, a diretoria apostou em Carpini e Zubeldía para comandar os elencos mais qualificados da última década. Resultado: comprometeu duas temporadas, tanto no campo quanto no cofre. Gastou muito, e gastou mal. E isso se deve, principalmente, à escolha equivocada dos treinadores.

Hernán Crespo estreia no próximo sábado com um único objetivo: contenção de danos. Aliás, da mesma forma que Ceni assumiu o São Paulo após a saída do próprio Crespo, em 2021: salvar o clube da Série B. Assim como hoje, o time estava mais próximo do Z4 do que da parte de cima da tabela. Qualquer coisa além de escapar do rebaixamento será lucro.

Carpini e Zubeldía não são os culpados pelo fracasso das duas temporadas. A culpa é 100% da diretoria, nas pessoas de Casares e Belmonte. E a fala de Muricy em 2013 — “O São Paulo é um Boeing, e um mais ou menos não pode dirigir isso” — mostra o tamanho da incompetência desses três. Contrataram dois “mais ou menos” e, pior ainda, mantiveram Zubeldía por tempo demais, comprometendo dois anos com um técnico incapaz de comandar esse elenco.

Agora, resta esperar que Crespo tire um coelho da cartola e nos salve da Série B. O que vier além disso, será lucro.

Fiquem bem,

Guiné

Siga no X: @Guine_spfc

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