PAIXÃO DA TORCIDA, FRACASSO DA GESTÃO
O SÃO PAULO E A LIBERTADORES
Salve, Nação Tricolor.
Hoje quero falar da Copa Libertadores da América e da identidade do torcedor tricolor com o torneio sul-americano.
Tudo começa no início da década de 1990, quando o esquadrão de Telê Santana — o melhor São Paulo que eu vi jogar — inicia uma transformação no futebol brasileiro.
Naquela época, o foco dos clubes brasileiros estava nos campeonatos estaduais e no Brasileirão. Mas o São Paulo resolveu mudar isso e conquistou duas Copas Libertadores e dois Mundiais (1992 e 1993), elevando seu patamar de grande clube brasileiro para referência mundial.
As conquistas do Tricolor contra Barcelona e Milan despertaram o interesse dos demais clubes brasileiros no torneio. Embora o Santos já fosse bicampeão (1962 e 1963), foi o São Paulo que transformou a Libertadores em sonho de consumo para os times do país.
Após o esquadrão de Telê, o São Paulo ainda conquistaria mais uma Libertadores, em 2005. E, como um grande clube que vence o torneio deve fazer, ergueu também mais um Mundial, desta vez contra o Liverpool de Gerrard, consolidando de vez seu nome entre os gigantes do futebol.
Mas, ao contrário do que o marketing tenta vender, a relação entre o São Paulo e a Libertadores termina ali. Já são 20 anos desde a última conquista, com o Tricolor colecionando fracassos desde então. Para não dizer que a história internacional acabou de vez, em 2012 ainda veio a Sul-Americana.
O que existe hoje é a paixão da torcida pelo torneio. Uns, como eu, por terem vivido os momentos mágicos do time de Telê comandado por Raí — o terror do Morumbi — e as atuações épicas de Rogério Ceni, que culminaram com uma das maiores defesas da história do futebol e nos renderam o tri mundial. Outros, mais jovens, alimentam essa chama pelas imagens na TV e pelas histórias que ouviram.
O São Paulo conseguiu um feito gigante: mesmo 20 anos após o tricampeonato, segue entre os maiores vencedores da competição. Mas as péssimas gestões estão destruindo esse legado, manchando nossa história e transformando o clube em um mero coadjuvante em um torneio no qual já foi protagonista absoluto.
E aí fica a pergunta: será que vale a pena disputar a Libertadores dessa forma, como coadjuvante — e às vezes até figurante? Ou não seria melhor recuar, montar elencos mais baratos, pagar as dívidas, tentar uma Copa do Brasil ou uma Sul-Americana e, só então, com as contas em dia e elencos qualificados, de verdade, voltar à Libertadores como o protagonista que o São Paulo deve ser?
Tenho me feito essa pergunta o tempo todo…
Fiquem bem,
Guine
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