O PERIGO DO CONFORMISMO
Salve, salve, Nação Tricolor.
Hoje quero falar sobre este início de Brasileirão e a chegada, em breve, da fase mais aguda das Copas, quando os três torneios — Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil — se afunilam.
O São Paulo vive um momento curioso: é um time difícil de ser batido, mas com igual dificuldade para conseguir as vitórias. E isso é um problema. Afinal, empatar demais, principalmente quando se tem elenco e condições para mais, é sinal de que ajustes são necessários. Às vezes, por conta dos empates e da sensação de que está tudo bem, esses ajustes não são feitos.
Preocupa também o discurso que começa a se espalhar entre parte da torcida e da imprensa: “Mas o elenco é fraco, não dá pra esperar muito”. Esse conformismo é perigoso — e, mais do que isso, errado. O elenco do São Paulo não é fraco. Não é brilhante, não é o melhor do Brasil, mas está longe de ser limitado a ponto de justificar um futebol medíocre como temos visto.
Temos no grupo qualidade técnica, experiência, jovens promissores e peças suficientes para o treinador formar um time competitivo, tanto para as Copas como para os pontos corridos. O que falta, neste momento, é um trabalho mais eficiente: um esquema que potencialize esses jogadores, decisões mais coerentes de escalação, um uso mais equilibrado do elenco para evitar lesões e, principalmente, a coragem de mexer quando e onde for necessário.
Quando diretoria, comissão técnica e até parte da torcida entram nessa zona de conforto — “Está empatando, uma hora começa a vencer” ou “Estamos invictos”, mas sem o time ganhar — as mudanças não vêm. A conta, cedo ou tarde, chega. No Campeonato Brasileiro, por exemplo, o sinal amarelo já está aceso. O time precisa começar a vencer. E, para isso, é preciso exigir mais. Porque o elenco pode, sim, jogar mais do que tem jogado.
Zubeldía tem feito ajustes importantes — por consequência das lesões, é verdade — mas abriu mão do famigerado 4-2-4, não tem insistido em Luciano como meia e tem usado os garotos da base. Já é um começo. Mas ele precisa cobrar mais e ser cobrado também. Afinal, conformismo não combina com um clube do tamanho do São Paulo. E jogar como time pequeno não está em nosso DNA.
Fiquem bem,
Guine.
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