OS DESAFIOS DE ZUBELDÍA NA TEMPORADA
Amigos do Tricolor Plus
É com muita honra que estreio neste espaço e prometo falar do São Paulo com a mesma honestidade e sinceridade de sempre, sem passar pano para ninguém. Agradeço ao meu amigo Guine pela nova oportunidade e vamos lá.
Neste sábado, dia 29/03, o Tricolor estreia no Brasileirão contra o Sport do Recife e, em seguida, faz sua estreia na Libertadores no dia 02/04 contra o Talleres, da Argentina, jogando em Córdoba. São compromissos difíceis para um técnico teimoso, resistente a usar o elenco e cujo trabalho desperta cada vez mais a certeza de que poderia ser melhor do que é.
Não sou o inventor da roda, mas considero que conheço o São Paulo há muito mais tempo que o treinador argentino, e ele peca em vários aspectos que destaco a seguir:
1 – Não uso da base
A base do São Paulo está em Cotia e sempre forneceu grandes jogadores para o time. Para não esquecer alguns nomes, cito destaques mundiais como Kaká e Casemiro, entre outros exemplos de uma estrutura que sempre deu certo. O elenco do São Paulo é envelhecido, com muitos jogadores acima dos 30 anos, e é óbvio que o uso desses atletas deveria ser dosado com garotos. A base do São Paulo tem um material humano imenso, com jogadores como Ryan Francisco, Matheus Alves e Ferreira entre outros tantos , que são muito superiores às opções disponíveis no elenco. Porém, graças ao horroroso diretor Carlos Belmonte, que afirmou a bobagem de que os garotos seriam uma “terceira opção”, eles não são utilizados, fruto da imensa teimosia do treinador.
2 – Esquema tático engessado
Uma das maiores causas do fracasso do trabalho do técnico é sua resistência em mudar o esquema tático. O 4-2-4, com Oscar improvisado pela esquerda, fez com que o time tivesse muitos resultados ruins contra equipes pequenas no Paulista. Isso obrigou o São Paulo a disputar partidas decisivas como visitante. Zubeldía não sabe mudar o rumo dos jogos, vide o que aconteceu na semifinal contra o Palmeiras, onde um pênalti “roubado” pelo árbitro Flávio Rodrigues de Souza definiu o resultado. Mesmo após mudar para o 3-5-2, o treinador segue sem conseguir alterar o panorama das partidas com um futebol convincente.
3 – Exagero na proteção a Luciano
Todos sabem que Luciano rende bem como segundo atacante, algo que apenas um treinador enxergou: o intragável Diniz. No entanto, ele é constantemente escalado como meia, o “camisa 10”, sem a menor aptidão para criar jogadas. Com isso, os jogadores que poderiam marcar gols ficam isolados na frente, pois o time não tem nenhuma criação no meio. Coitado do torcedor que vai ao estádio e vê a equipe dar um único chute ao gol, enquanto Luciano não tem a menor aptidão para ser o cérebro da equipe.
Os problemas de Zubeldía são imensos e passam, principalmente, pela necessidade de rever suas convicções, que hoje são uma das chaves do fracasso da equipe. Se, por acaso, ele engatar uma boa sequência de resultados, esses desafios ficarão para trás. Porém, como não confio no treinador, imagino que, caso o desempenho não melhore, esse trabalho precise ser revisto com um novo técnico.
Quero estar errado, mas espero ver um futebol que me convença. Caso contrário, o tempo de Zubeldía, que já está por um fio, pode acabar de vez.
Um forte abraço a todos!
Até a próxima!
Fernando
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