UMA SAF É A SOLUÇÃO?
Precisamos falar sobre SAF no São Paulo Futebol Clube
O problema do FIDC e da gestão financeira
O FIDC do São Paulo Futebol Clube tem tudo para dar errado. Afinal, o clube até aqui não está fazendo o básico: reduzir os custos que geraram um déficit de quase R$ 200 milhões neste ano.
SAF: solução ou armadilha?
Assim como o FIDC, a eficácia de uma SAF depende de quem a administra e como. Por exemplo, há casos de sucesso, mas também de fracasso. Vamos analisar alguns modelos adotados no futebol brasileiro.
Modelos de SAF no Brasil
Botafogo: sucesso com ressalvas
O clube tem bom desempenho em campo, mas faz parte de um grupo de equipes lideradas pelo Lyon, da França. Isso levanta dúvidas sobre as prioridades do investidor a longo prazo.
Vasco: um modelo mal executado
Repleto de erros administrativos, a gestão não entregou os resultados esperados até agora.
Cruzeiro: um futuro incerto
Já está em sua segunda SAF, mas ainda não demonstrou solidez financeira ou esportiva.
Atlético-MG: um projeto em transição
O clube caminha para a SAF, mas enfrenta desafios financeiros significativos.
Além disso, SAFs como as do América-MG e Coritiba ainda têm dificuldades em traduzir o modelo em conquistas esportivas.
SAF: uma questão de negócio
Vale lembrar que a SAF é, acima de tudo, um negócio. Os investidores buscam retorno financeiro, não necessariamente títulos ou identificação com o clube. Ou seja, o amor pelo São Paulo continuará sendo do torcedor.
O caso do Fortaleza: um modelo alternativo
Em 2023, os sócios aprovaram a transformação em SAF. No entanto, o clube optou por um modelo cauteloso, mantendo total controle sobre as operações. Dessa forma, busca se estruturar financeiramente antes de atrair investidores. Esse modelo me agrada, mas ainda está distante das gestões mais bem-sucedidas do Brasil, como Flamengo e Palmeiras, que não adotaram a SAF e seguem com desempenho esportivo e financeiro exemplar.
E no São Paulo, qual modelo seria o ideal?
O São Paulo adotaria um sistema mal estruturado, como o do Vasco? Se tornaria parte de um grupo de clubes, como Botafogo e Bahia? Ou dependeria de um investidor individual, como o Cruzeiro?
Casares, quando questionado sobre o tema, costuma dizer que o São Paulo não será o primeiro nem o último a aderir à SAF. Concordo. É um assunto complexo e ainda não há resultados suficientes para afirmar se é ou não o caminho certo.
No caso do São Paulo, isso é ainda mais evidente. O clube tem um estádio próprio e sem dívidas, um centro de treinamento de excelência, uma das melhores divisões de base do país e a terceira maior torcida do Brasil.
Seja nos moldes atuais, com o FIDC, ou futuramente com uma SAF, o que realmente importa é uma gestão competente.
Fiquem bem,
Guine.
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